Em reunião nesta quinta (8), o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fuad Hussein, garantiu que tomará todas as medidas de segurança para “criar um ambiente adequado” à embaixada dos EUA no país.
Hussein quer evitar o fechamento da representação norte-americana em Bagdá. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ameaçou deixar o país caso o governo não tome medidas para proteger a embaixada de ataques extremistas apoiados pelo Irã no dia 26, informou a Radio Free Europe.
A embaixada dos EUA no Iraque foi alvo de cerca de 40 ataques desde o início de agosto. No dia 28, um foguete que tentava atingir as tropas norte-americanas matou sete pessoas na capital iraquiana.
Os EUA acusam militantes do Estado Islâmico apoiados pelo Irã como autores dos ataques. Uma tropa norte-americana combate os extremistas no Iraque e na Síria desde 2014.
A saída dos EUA, no entanto, pode arrastar outros aliados para fora do país. “Isso seria um desastre”, disse Hussein à emissora estatal na quarta (7). Segundo o chanceler, se ocorrer, a retirada aprofunda a perda de confiança internacional no Iraque.
Na reunião desta quinta (8), o embaixador dos EUA, Matthew Tueller, não deu resposta imediata sobre a permanência no país. “Vou submeter a proposta ao governo para análise”, disse.
Ataques recorrentes
Um dos maiores postos diplomáticos dos EUA, a embaixada em Bagdá fica na chamada zona verde, protegida e de difícil acesso. Em junho, quatro mísseis caíram perto do local. Foram cinco ataques em 10 dias.
Com os ataques recorrentes, os norte-americanos afirmam que as forças de segurança iraquianas de permitir a passagem de extremistas pelos postos de controle.
“Os ataques à embaixada dos EUA são também ataques ao povo iraquiano”, disse Hussein. “O Irã tem um papel ativo no Iraque. Temos que começar um diálogo real e concreto com os iranianos [sobre a influência sobre os ataques à embaixada]”, exortou o chanceler. O Irã não se manifestou.
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