O esporte vem impondo duras sanções a atletas e equipes russas em função do ataque à Ucrânia. Nesta segunda-feira (2), a Uefa anunciou duas penalidades que impactam o futebol feminino: a proibição da Rússia de participar da Eurocopa, em julho, e das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2023. As informações são da rede ABC News.
A seleção russa será substituída por Portugal no torneio de julho a ser disputado na Inglaterra. As portuguesas, eliminadas no playoff classificatório, se juntarão a Holanda, Suécia e Suíça no Grupo C.
Além das suspensões de competições, a entidade que gerencia o futebol na Europa declarou inelegível a candidatura da Rússia como sede da Eurocopa masculina em 2028 e 2032. Com o anúncio, a aspiração conjunta entre Reino Unido e Irlanda para sediar a principal competição entre seleções do continente europeu só terá como adversária a Turquia, que também manifestou interesse em receber o torneio de 2032.
A Uefa sustentou que a candidatura preenchida por Moscou era inelegível usando como base o que diz a sua cartilha: “Cada proponente deve assegurar que não atua de forma a colocar a Uefa, a fase final da Uefa ou qualquer outro proponente (ou qualquer funcionário, dirigente ou representante de qualquer um dos anteriores), o procedimento de licitação ou o futebol europeu em descrédito”, diz o artigo 16.02 do Regulamento de Candidaturas.
A Uefa também emitiu um comunicado em que diz que seu comitê executivo tomou as decisões para “garantir sua realização tranquila em um ambiente seguro para todos os envolvidos”.
The UEFA Executive Committee has today declared the bid submitted by the Football Union of Russia to host UEFA EURO 2028 or UEFA EURO 2032 as ineligible.
— UEFA (@UEFA) May 2, 2022
This is one of several decisions relating to the on-going suspension of Russian teams and clubs from UEFA competitions.
Outras punições no esporte
A Uefa já havia retirado de São Petesburgo o direito de sediar a final da Liga dos Campeões, o principal torneio de clubes do mundo. Os clubes russos, por sua vez, também foram proibidos de disputar torneios europeus, o que levou à eliminação do Spartak Moscou na Liga Conferência Europa, terceiro torneio de clubes na hierarquia continental.
Por sua vez, a Fifa, que gerencia o futebol mundial, tirou a seleção da Rússia da repescagem europeia, acabando, assim, com as chances de a equipe jogar a Copa do Mundo deste ano, que acontecerá no Catar.
Já a Federação Mundial de Voleibol (FIVB) tirou da Rússia o direito de sediar o campeonato mundial masculino deste ano. Também anunciou que as seleções e atletas da Rússia e de Belarus estão proibidos de disputar os torneios da entidade até segunda ordem, de acordo com a rede CNN.
Foi igualmente cancelado o Grande Prêmio da Rússia de Fórmula 1, que estava agendado para o dia 25 de setembro deste ano. A equipe Haas, que tem o único piloto russo da F1, Nikita Mazepin, já informou que tiraria a bandeira do país de seu carro.
No tênis, as federações russa e belarussa também foram suspensas, tirando as equipes das Copas Davis e Billie Jean King, ambos torneios por equipes. Os tenistas dos dois países, no entanto, estão autorizados a competir individualmente, embora tenham surgido protestos individuais de atletas que se recusam a enfrentar rivais da Rússia.
O Conselho Mundial de Atletismo foi ainda mais severo e proibiu inclusive a participação individual de atletas russos e belarussos nas competições organizadas pela entidade.
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