O surto de varíola dos macacos, que já foi confirmado em 16 países e várias regiões do mundo, ainda pode ser contido. e tem baixo risco de transmissão, segundo afirmou a OMS (Organização Mundial da Saúde) na terça-feira (24).
A especialista do Programa de Emergências da OMS, Rosamund Lewis, declarou em Genebra que o objetivo da agência e dos países-membros é “conter e interromper o surto”. Segundo ela, “o risco ao público em geral parece ser baixo, uma vez que os principais meios de transmissão têm sido os mesmos descritos no passado”.
Os últimos dados da OMS mostram mais de 250 casos confirmados e suspeitos de varíola dos macacos nos 16 países. Os sintomas são similares aos da varíola, porém menos severos, incluindo lesões na pele e febres, que em caos mais severos podem durar entre duas a quatro semanas.
A agência da ONU explica que a varíola dos macacos é transmitida pelo contato da pele, mas o vírus também pode ser transmitido pela roupa de cama contaminada ou por partículas da respiração. A varíola dos macacos é uma doença silvestre com infecções humanas bem acidentais, sendo o período de incubação de seis a 13 dias.
A especialista da OMS afirma que não “existem informações sobre transmissão por fluidos corporais”. E, para evitar que as pessoas doentes sofram estigma, a OMS destaca, que apesar da maioria dos casos de infecção estarem ligados a homens que fazem sexo com homens, isso “provavelmente ocorre por eles serem mais proativos na busca de cuidados de saúde”.
Lewis explica que a varíola dos macacos pode “afetar qualquer pessoa e não está associada a nenhum grupo em particular”. Ela sublinhou que o que é diferente neste surto é que os casos estão sendo confirmados em países que geralmente não têm surtos de varíola dos macacos.
A doença é endêmica na República Centro-Africana, na República Democrática Congo, na Nigéria e em Camarões. A vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos.
A OMS destaca que as pessoas com 50 anos ou menos podem estar mais suscetíveis, já que as campanhas de vacinação contra a varíola foram interrompidas pelo mundo quando a doença foi erradicada em 1980.
A agência da ONU trabalha na verificação dos estoques atuais de vacina da varíola, para ver se precisam ser atualizados.
O primeiro caso de varíola dos macacos foi identificado na RD Congo em 1970. O nome foi dado quando o vírus foi descoberto nestes símios em um laboratório dinamarquês em 1958. Porém, a OMS explica que a maioria dos animais suscetíveis a este tipo de varíola são roedores, como ratos e o cão-da-pradaria.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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