O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, se disse horrorizado com as informações de que um bombardeio atingiu uma escola na cidade de Luhansk, na Ucrânia. Não há dados oficiais de vítimas, mas informações preliminares sugerem que dezenas de pessoas morreram.
O ataque, que ocorreu no sábado (7), atingiu a escola de Bilohorivka, onde muitos civis se protegiam dos combates entre forças da Rússia e da Ucrânia.
Para Guterres, o ataque é um lembrete de que, numa guerra, são os civis que pagam o preço mais alto. Ele reiterou que a infraestrutura civil, que inclui escolas e hospitais, tem de ser protegida durante todo o tempo, assim como os civis.
Já a chefe do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Catherine Russell, afirmou que as escolas jamais podem ser um alvo de guerra. E disse que ainda não era possível saber quantas crianças tinham sido mortas no bombardeio, mas que temia que o ataque elevasse o número de centenas de menores que perderam a vida desde a invasão da Rússia em 24 de fevereiro contra a Ucrânia.
Evacuação de civis
No domingo (8), a ONU realizou a retirada de mais de 170 pessoas da usina de Azovstal, em Mariupol, com base no acordo de evacuação que realiza em parceria com a Cruz Vermelha. Até agora, mais de 600 civis já saíram do local, e Guterres disse que a ONU continuará apoiando os ucranianos com ações humanitárias.
O grupo evacuado mais recentemente chegou ainda no domingo à cidade de Zaporizhzhia.
Guterres agradeceu a todos os que participaram da complexa operação de retirada dos civis, incluindo os líderes em Kiev, capital da Ucrânia, e em Moscou, capital da Rússia, por garantirem pausas humanitárias no fogo cruzado.
O secretário-geral aplaudiu a coragem dos trabalhadores humanitários que ajudaram a retirar os civis elevando o número de pessoas evacuadas para mais de 600.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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