Em profunda crise, o Líbano agora enfrenta o aumento da violência entre forças do governo e militantes rebeldes. Desde o dia 27 de setembro, duas disputas deixaram ao menos nove mortos, informou a Reuters.
No dia 26 dois membros das Forças Armadas morreram após uma troca de tiros no norte do país. De acordo com o Exército, os militantes abriram fogo contra um dos postos de controle. Um militante morreu na disputa.
No mesmo dia, o Exército matou seis rebeldes em uma troca de tiros contra outro grupo armado na fronteira com a Síria, no nordeste do país.
O conflito teria iniciado depois que a polícia invadiu uma casa na região de Wadi Khaled, onde estaria um grupo suspeito de planejar ataques. Três agentes ficaram feridos.
Fontes relataram à Reuters de que o grupo incluía militantes ligados a ex-membros do EI (Estado Islâmico), Khaled al-Talawi. O líder foi morto em setembro em um tiroteio contra as forças de segurança libanesas.
Rumos perigosos
Os conflitos armados aumentaram no Líbano desde a explosão no porto de Beirute, em 4 de agosto.
Com 75% da população na pobreza e uma dívida pública da ordem de 175% do PIB (Produto Interno Bruto), o país registrou duas renúncias de premiês em menos de dois meses e sofre com cortes de energia e falta de alimentos.
O primeiro-ministro interino libanês, Mustafá Adib, que renunciou ao mandato logo após a explosão, condenou a violência no Líbano e pediu que os blocos políticos rivais cooperem para a formação de um novo governo.
Com a população dividida em diversos grupos religiosos, o Estado libanês é dividido por diversas forças políticas locais, de muçulmanos xiitas, que incluem o Hezbollah, a cristãos maronitas, drusos e islâmicos sunitas.
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