A Acnur (Agência de Refugiados das Nações Unidas) alerta para uma nova onda de deslocados em decorrência do aumento da violência na República Democrática do Congo.
Só em agosto, mais de 24 mil fugiram da região central da província de Kassai após a intensificação de disputas de grupos armados. Esses rebeldes buscam o controle de terras fartas em recursos minerais e madeira.
A maioria dos deslocados procura refúgio na fronteira das regiões de Demba e Mwenka. Mais de mil pessoas fugiram da Aldeia de Ntenda depois que uma milícia tentou substituir um dos líderes locais por um de seus membros, relatou a Acnur.
Desde 2017, a violência na região motivou o deslocamento interno de 1,4 milhão. Cerca de 350 mil se refugiaram em Angola.
Em julho, mais de três mil refugiados da República Democrática do Congo chegaram em Uganda após a abertura temporária da fronteira entre os dois países.
O grupo estava entre as 45 mil deslocados do Congo que tentaram fugir após confrontos entre milícias na província de Ituri, no nordeste do país.
Com o aumento da tensão, a Acnur apela para a restauração da paz e recomenda que o país ofereça recursos para os deslocados da região.
A ONU (Organização das Nações Unidas) tenta facilitar as negociações entre os líderes das comunidades opositoras. Os sobreviventes de violência sexual também estão sendo redirecionados para alas de cuidado médico e psicossocial.
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