A Venezuela aguarda a chegada de dez navios petroleiros vindos do Irã, um esforço para conter a escassez de combustível no país. A flotilha iraniana é a maior já enviada ao exterior e desafia sanções dos EUA.
Fontes disseram à Al-Jazeera que algumas das embarcações devem ajudar na exportação do petróleo venezuelano depois de descarregar combustível no país. A frota é duas vezes maior que a enviada pelo Irã em maio, segundo a Marinha dos EUA.
O movimento acelera a dependência venezuelana do Irã depois que Rússia e China reduziram gradualmente o comércio, respeitando as sanções dos norte-americanos ao comércio com Caracas.
Além de enviar combustível, o Irã também discute formas de auxiliar a Venezuela a reformar a refinaria de Cardon. A usina é última a operar com certa regularidade em águas venezuelanas, disseram fontes à Al-Jazeera.
Teerã não quis comentar o assunto e a estatal PDVSA (Petróleos de Venezuela) não respondeu ao pedido de comentário.
Crise dos combustíveis
Os tempos de fornecimento de petróleo aos EUA com baixíssimos preços e alto lucro comercial se distaciam da realidade venezuelana há pelo menos dez anos.
Mergulhado em sanções, o país vive uma escassez acentuada de combustível, lida com filas em postos de gasolina, preços flutuantes e vê a sua estrutura de refinarias definhar dia após dia.
Com o cerco dos EUA, o presidente Nicolás Maduro, além de ter de importar o produto, ainda precisa exportar petróleo bruto para liberar espaço de armazenamento e evitar paradas nos campos.
Como grande parte do sistema de refinarias venezuelanas foi construído com equipamentos e mão de obra norte-americana até a nacionalização, em 1970, a manutenção dos equipamentos se tornou impossível após as sanções.
O declínio das seis refinarias do país é evidente. Derramamentos e acidentes fazem parte da rotina desde que o governo intensificou a pressão sobre a infraestrutura para manter o consumo local de combustível.
O post Sem combustível, Venezuela aguarda chegada de dez navios petroleiros do Irã apareceu primeiro em A Referência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário, evite comentários depreciativos e ofensivos