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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Nove em cada dez interceptações da Otan em 2020 foram de aviões russos

A cada dez interceptações aéreas feitas pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em 2020, nove foram de aviões russos. Foram cerca de 400 no total, e cerca de 350 relacionadas a aeronaves de Moscou.

O número foi divulgado nesta segunda (28) em um comunicado da aliança militar ocidental. As aeronaves militares russas podem geram preocupação pois podem representar perigo a aviões comerciais que circulam pelo espaço aéreo europeu.

O motivo seria a não divulgação dos planos de voo à Otan e a circulação com um dos radares, o chamado transponder, desligado. Quando isso acontece, não é possível acessar os dados de altitude e posição dos aviões.

Nove em cada dez interceptações da Otan em 2020 foram de aviões russos
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em reunião com membros da cúpula sobre o relatório da Otan para 2030, em novembro (Foto: Flickr/NATO)

Os russos também não se comunicam com os controladores de voo dos países por onde passam.

A porta-voz da Otan, a romena Oana Lungescu, apontou que houve aumento das interceptações de aeronaves russas nos países nas fronteiras da aliança nos últimos anos.

“Estamos sempre vigilantes. Os caças da Otan estão à disposição o tempo todo e prontos para resolver qualquer caso de voos suspeitos ou não anunciados próximos ao espaço aéreo de nosso aliados”, afirmou.

A Otan dispõe de 60 caças e 40 radares de vigilância para monitorar atividades no espaço aéreo da aliança. Há ênfase sobretudo na região dos países bálticos – Estônia, Letônia e Lituânia –, que se juntaram ao bloco em 2004 após décadas sob a esfera de influência soviética.

Outra região que recebe atenção da aliança é a dos Bálcãs, onde nenhum de seus membros – Albânia, Eslovênia e Montenegro – possuem caças próprios. Também houve monitoramento do espaço aéreo de Romênia, Bulgária e Islândia ao longo de 2020.

Há dois centros de controle europeus: um na Alemanha, para o norte da Europa, e um na Espanha, que atende a porção sul do continente.

Além de monitorar aeronaves de fora do bloco, a Otan presta assistência caso um voo comercial perca o contato com os controladores de voo, em caso de falha ou ataque terrorista.

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