A cada dez interceptações aéreas feitas pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em 2020, nove foram de aviões russos. Foram cerca de 400 no total, e cerca de 350 relacionadas a aeronaves de Moscou.
O número foi divulgado nesta segunda (28) em um comunicado da aliança militar ocidental. As aeronaves militares russas podem geram preocupação pois podem representar perigo a aviões comerciais que circulam pelo espaço aéreo europeu.
O motivo seria a não divulgação dos planos de voo à Otan e a circulação com um dos radares, o chamado transponder, desligado. Quando isso acontece, não é possível acessar os dados de altitude e posição dos aviões.
Os russos também não se comunicam com os controladores de voo dos países por onde passam.
A porta-voz da Otan, a romena Oana Lungescu, apontou que houve aumento das interceptações de aeronaves russas nos países nas fronteiras da aliança nos últimos anos.
“Estamos sempre vigilantes. Os caças da Otan estão à disposição o tempo todo e prontos para resolver qualquer caso de voos suspeitos ou não anunciados próximos ao espaço aéreo de nosso aliados”, afirmou.
A Otan dispõe de 60 caças e 40 radares de vigilância para monitorar atividades no espaço aéreo da aliança. Há ênfase sobretudo na região dos países bálticos – Estônia, Letônia e Lituânia –, que se juntaram ao bloco em 2004 após décadas sob a esfera de influência soviética.
Outra região que recebe atenção da aliança é a dos Bálcãs, onde nenhum de seus membros – Albânia, Eslovênia e Montenegro – possuem caças próprios. Também houve monitoramento do espaço aéreo de Romênia, Bulgária e Islândia ao longo de 2020.
Há dois centros de controle europeus: um na Alemanha, para o norte da Europa, e um na Espanha, que atende a porção sul do continente.
Além de monitorar aeronaves de fora do bloco, a Otan presta assistência caso um voo comercial perca o contato com os controladores de voo, em caso de falha ou ataque terrorista.
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