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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

“China é ameaça número um”, diz diretor de inteligência dos EUA

Em artigo publicado no “Wall Street Journal”, o atual diretor da inteligência nacional dos EUA, John Ratcliffe, aponta a China como a principal ameaça aos EUA. Segundo ele, resistir a Beijing é o “desafio” das gerações atuais.

Ratcliffe diz ter acesso a informações que garantem que a China visa “dominar os EUA e o resto do mundo” tanto em termos econômicos quanto militares e tecnológicos.

“Muitas das principais iniciativas públicas da China e empresas proeminentes oferecem apenas uma camada de camuflagem para as atividades do Partido Comunista Chinês”, escreveu.

"China é ameaça número um", diz diretor de inteligência dos EUA
O diretor de inteligência nacional dos EUA, John Ratcliffe, em pronunciamento como parlamentar republicano pelo Texas, em março de 2014 (Foto: Reprodução/Texas Gov)

O atual diretor da inteligência é um republicano ex-parlamentar do Congresso dos EUA pelo Texas. Aliado a Donald Trump, ele alimenta a disputa entre Washington e Beijing, que se intensificou desde o início da pandemia. À época, o presidente norte-americano acusou a China de “fabricar” a Covid-19.

No artigo, Ratcliffe alega que o governo chinês “rouba tecnologia” dos EUA e realiza testes em humanos para melhorar o desempenho de soldados nos campos de batalha. Não há evidências sobre as acusações.

“Precisamos estar preparados”, diz Ratcliffe

Conforme o agente sênior dos EUA, a China desenvolve organizações, como a gigante de tecnologia Huawei, com fim exclusivo de espionagem e “atividades maliciosas”. Washington já proibiu a entrada da corporação na implantação das redes 5G no país.

“Nossa inteligência mostra que Beijing dirige diferentes tipos de operação de influência nos EUA”, disse. Segundo Ratcliffe, Beijing mira em parlamentares até seis vezes mais que a Rússia e 12 vezes mais que o Irã.

O político diz ainda que separou US$ 85 bilhões do orçamento norte-americano para “aumentar o foco na ameaça da China”. Segundo ele, os recursos deverão ser direcionados aos formuladores de políticas para conter as “intenções e atividades” chinesas.

“Beijing se prepara para um confronto aberto com os EUA. Washington também deve estar preparado”, pontuou.

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