Cerca de 55 mil pessoas tiveram de deixar suas casas na República Centro-Africana por conta da violência que antecedeu o pleito deste último domingo (27).
Conflitos entre oposicionistas e partidários do atual presidente, Faustin-Archange Touadéra, tem ocorrido na capital Bangui. Mesmo assim, a eleição ocorreu sem grandes episódios violentos, informou a Al-Jazeera.
A oposição, que inclui o ex-presidente François Bozizé, reclama maior participação no processo eleitoral depois que diversas candidaturas foram rejeitadas pela comissão constitucional ao longo deste ano.
No total, há 17 postulantes ao cargo de presidente. Espera-se que Touadéra vença a eleição, cujos resultados serão anunciados no fim desta semana.
O principal candidato da oposição, Anicet Dologuele, tem apoio de Bozizé. O ex-presidente, alvo de sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) e acusado de crimes contra a humanidade, chegou a anunciar que seria candidato em julho deste ano.
Os oposicionistas haviam pedido o adiamento da eleição, o que foi rejeitado pelo atual governo e pela ONU.
Há temores de que a oposição não aceite o resultado e inicie investidas armadas contra a capital do país. Em todo o território, houve relatos de que militantes estariam atirando próximo às seções eleitorais para afastar a população dos locais de votação.
A líder da coordenação humanitária da ONU no país, Denise Brown, informou ao portal de notícias da entidade que houve ataques às agências que auxiliam a população.
As Nações Unidas têm notícia de ao menos 17 ataques, que envolveram agentes feridos, roubo de ambulâncias e veículos.
Desde a independência, em 1960, a República Centro-Africana convive com um longo histórico de violência e cinco golpes militares.
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