O governo da China “se opõe de forma resoluta” à aprovação de duas leis nos EUA que defendem apoio ao Tibete e a Taiwan, afirmou nesta segunda (28) o porta-voz da chancelaria em Beijing, Zhao Lijian.
As normas, incluídas no pacote de auxílio de US$ 2,3 trilhões contra a pandemia do novo coronavírus, foram sancionadas pelo presidente Donald Trump na noite do de domingo (27) – que no próximo dia 20 deixa o cargo.
Entre as medidas que geraram queixas em Beijing estão apoio à participação taiwanesa em órgãos multilaterais como os da ONU (Organização das Nações Unidas).
Também está prevista a facilitação da venda de armas para a ilha. O motivo seria proporcionar ao governo em Taipé acesso a um sistema robusto de defesa contra eventuais investidas da China em seu território.
Na lei sobre o Tibete, os EUA prometem sanções caso Beijing interfira na escolha no 15º Dalai Lama, autoridade máxima do budismo tibetano. A China invadiu a região, no Himalaia, em 1950 e a alta cúpula política e religiosa fugiu para o exílio no norte da Índia.
O atual Dalai Lama, que vive na cidade indiana de Dharamsala, já tem 85 anos. Sua idade avançada gera dúvidas a respeito da continuidade da cultura religiosa local sem ingerência chinesa.
Lijian, falando em Beijing, afirmou que as novas leis seriam uma tentativa de “interferência” em questões internas. “A determinação do governo chinês de salvaguardar sua soberania nacional, segurança e interesses de desenvolvimento é inabalável”, disse, segundo a Reuters.
Já o representante da Presidência de Taiwan, Xavier Chang, cumprimentou os EUA, “aliados importantes” de seu país. “Somos parceiros no compartilhamento de valores de liberdade e democracia”.
Em junho, os EUA também aprovaram lei que prevê apoio aos uigures, no oeste da China. De origem na Ásia Central, a população é alvo de perseguição por parte do governo em Beijing, acusado de limpeza étnica.
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