As autoridades do Iraque chamam atenção para um dado alarmante: 80% das vítimas de suicídio do país são mulheres. O alerta vem da ONU (Organização das Nações Unidas).
Dados computados em 2018 mostram que o público feminino concentra 80% das mais de 1,1 mil tentativas de suicídio registradas no Iraque. Naquele ano, 590 pessoas morreram dessa forma. Há ao menos uma morte e três tentativas diárias.
“A situação agravou e não pode ser ignorada”, disse um comunicado da OMS (Organização Mundial da Saúde) no local. Segundo a agência, a questão se tornou prioridade no país do Oriente Médio de 39 milhões de habitantes.
Entre os principais motivos estão os recentes traumas e doenças mentais ocasionadas pelos conflitos e severas dificuldades econômicas que assolam a região.
Caos social aprofunda depressão
Desde o fim da disputa com o Irã, em 1988, o Iraque viu poucos momentos de paz. Em 1991, o país viveu a guerra do Golfo e, em 2003, a invasão norte-americana após acusações – nunca confirmadas – de que o regime produzia armas de destruição em massa.
A situação se agravou desde 2010 com a guerra civil na vizinha Síria e o surgimento do Estado Islâmico. Entre 2014 e 2017, milhões deixaram suas casas e se refugiaram em países próximos.
Os abusos de menores, abandono, violência e altas taxas de criminalidade são um fator extra às mortes por suicídio. Com a pandemia, a situação tende a se agravar, por conta do confinamento social e as restrições econômicas mais profundas.
O suicídio já se tornou uma prioridade à saúde pública em todo o mundo. Estima-se que mais de 800 mil pessoas perdem a vida desta forma anualmente. A média é de uma morte a cada 40 segundos.
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