O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) autorizou, nesta terça (15), o envio de novos mediadores à Líbia, disse a Reuters. O objetivo é auxiliar nas tratativas de paz, após meses de atraso.
A proposição veio do secretário-geral da ONU, António Guterres. Com o aval, o atual enviado ao Oriente Médio, Nickolay Mladenov, se dedicará exclusivamente à Líbia.
Mladenov substitui Ghassan Salame, que deixou o cargo em março devido ao estresse. O diplomata norueguês Tor Wennesland, atual mediador do conflito entre Israel e Palestina, sucederá Mladenov na região.
A decisão encerra meses de disputa entre os membros do conselho desde que os EUA começaram uma campanha de pressão pela divisão do papel dos mediadores na Líbia.
Washington sugeria que o país necessitava de dois diplomatas – um para a missão política da ONU e outro focado exclusivamente na mediação dos conflitos. Houve aval do Conselho de Segurança, mas Rússia e China se abstiveram.
A mediação da Líbia ganhou novos desdobramentos desde que o governo líbio, com reconhecimento internacional, e o exército liderado pelo general renegado Khalifa Haftar assinaram um acordo pelo cessar-fogo, em outubro.
Desde então, os grupos se encontraram na Tunísia para discutir um governo de transição ao país. Apesar de ainda não haver uma definição sobre a chapa-tampão, a Líbia deve realizar eleições em dezembro de 2021.
A Líbia está imersa em violência desde a derrubada do líder Muammar Khadafi, em 2011, à época apoiada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
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