Se concluída sem conflitos, a apuração das eleições do último domingo (27) no Níger conduzirá o país à sua primeira transição pacífica de poder desde a independência, há 60 anos.
O atual presidente, Mahamadou Issofou, termina seu segundo mandato de cinco anos em 2021 e prometeu aquiescer à transição de poder. Os resultados devem ser divulgados nesta semana.
Seu candidato é o ex-ministro do Interior Mohamed Bazoum, que enfrenta o situacionista Seyni Oumarou e o general Salou Djibo, envolvido no golpe militar de 2010, além de outros 27 candidatos.
Mas o principal nome da oposição, Hama Amadou, teve sua candidatura barrada. O motivo seria uma condenação criminal por tráfico de bebês. Amadou foi primeiro-ministro entre 1995 e 1996 e entre 2000 e 2007.
O pleito ocorreu sem registros de violência. Após votar na capital Niamey, Issofou afirmou ter “um sentimento grande de orgulho por essa eleição ter sido respeitada” e que era “um dia especial”.
O Níger, assim como seus vizinhos no Sahel Burkina Faso e Mali, convive com a atuação de extremistas islâmicos no norte do país. Grupos ligados à Al-Qaeda e ao EI (Estado Islâmico) disputam espaço com facções do Boko Haram, baseado no norte da Nigéria.
Além do Níger, a República Centro-Africana foi às urnas neste domingo, em um pleito marcado por violência. Já na Costa do Marfim e na Guiné os atuais mandatários, Alassane Ouattara e Alpha Condé, usaram manobras constitucionais para garantir um terceiro mandato neste ano.
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