Em carta, 29 grupos de direitos humanos pediram que o Congresso dos EUA bloqueie a venda de US$ 23 bilhões em armas aos Emirados Árabes Unidos, informou a Reuters na segunda (30).
Na carta, os signatários argumentam que a venda de mísseis, caças e drones agravará os danos contínuos aos civis e as crises humanitárias devido aos conflitos no Iêmen e Líbia. Washington autorizou a transação no dia 11 de novembro.
Além de organizações regionais, a carta ainda guarda instituições proeminentes, como o Instituto de Estudos de Direitos Humanos do Cairo e Mwatana para Direitos Humanos. O documento foi enviado ao Departamento de Estado dos EUA.
Até o momento, três senadores norte-americanos sugeriram a suspensão das negociações. A transação deve incluir drones da General Atomics, jatos F-35 da Lockheed Martin e mísseis da Raytheon.
Para barrar a venda, as resoluções devem passar pelo Congresso, de onde depende da maioria de dois terços antes de chegar ao veto presidencial.
Sem surpresas
A venda de armas dos EUA aos Emirados Árabes Unidos não é motivo de surpresas, apesar dos apelos contrários de Israel.
Ao selar a normalização de relações entre o emirado e o Estado judeu, em setembro, Washington ofereceu facilidades na aquisição de armamento pesado, como já havia feito em acordos anteriores.
O Egito teve o seu exército modernizado pelo governo norte-americano depois de assinar o acordo de normalização das relações com Israel, em 1979. A Jordânia também teria recebido jatos F-16 logo após o acordo com Tel Aviv, em 1994.
Em nota, a embaixada dos Emirados Árabes Unidos afirmou que o armamento vem em boa hora. “Alinhados com os interesses dos EUA, os militares dos Emirados Árabes Unidos são uma resposta eficaz ao extremismo violento”.
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