Correio de Piedade

Jornal Correio de Piedade - Acompanhe as últimas notícias de Piedade e região, economia, política, nacional, internacional, Tv, ciência e tecnologia.

Hospedagem de sites ilimitada superdomínios

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

China aproveita pandemia para campanha de ‘reescrita’ do Islã e do Cristianismo

O avanço da Covid-19 se tornou um álibi para o governo chinês reiniciar a sua campanha contra religiões como o Cristianismo e o Islã. De acordo com o jornal norte-americano “Wall Street Journal”, Beijing retomou um plano de “reescrever clássicos religiosos”, como a Bíblia e o Alcorão.

Jornais de todo o mundo anunciaram a medida de “adaptação aos valores socialistas” em dezembro do ano passado. A ordem vem de uma reunião do Comitê para Assuntos Étnicos e Religiosos do órgão consultivo do governo chinês.

Os primeiros registros do vírus mortal, na madrugada de 1 de janeiro, no entanto, ofuscaram a decisão. À época, o órgão decidiu que um grupo de 16 especialistas de diferentes religiões participaria da conferência para “reescrever” as obras.

Sob a sombra da Covid-19, China aperta o cerco contra Islã e Cristianismo
Celebração católica em templo de Xangai, China, em janeiro de 2020 (Foto: Flickr/John Ragai)

Todo material contrário às crenças do Partido Comunista Chinês deve ser removido, apontou o britânico “Daily Mail”. Além disso, o grupo deverá alterar ou “retraduzir” parágrafos considerados “errados” pelos censores.

“Pedimos uma avaliação abrangente dos clássicos religiosos existentes visando conteúdos que não estão em conformidade com o progresso dos tempos”, disse o presidente do comitê, Wang Yang.

Desde junho, as autoridades chinesas proibiram os serviços religiosos online e há registro de remoção de cruzes de duas igrejas na província de Anhui, ao leste do país.

Apagamento

A medida acerta em cheio a província de Xinjiang, região marcada pela perseguição à minoria étnica muçulmana uigur. Há relatos de prisão arbitrária, abusos e trabalho forçado nesses locais, que se multiplicaram desde 2016.

Estimativas apontam que um a cada 20 uigures ou cidadãos de minoria étnica já passou pelos campos. As violações atingem até três milhões de uigures, de uma população de 12 milhões.

As sanções a minorias étnicas não são isoladas na China. Em setembro, a população da província da Mongólia Interior saiu às ruas para protestar contra a nova política de Beijing para reduzir o ensino da língua mongol nas escolas.

O objetivo da China é substituir aos poucos o mongol pelo mandarim em três matérias no ensino fundamental e médio da região, ao norte do país. Apesar de haver parcelas da população de filiação islâmica e cristã na China, predominam ali as religiões budista, confucionista e taoísta.

O post China aproveita pandemia para campanha de ‘reescrita’ do Islã e do Cristianismo apareceu primeiro em A Referência.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, evite comentários depreciativos e ofensivos

Traduza

Adbox