A Rússia e a China estão investindo em espionagem para avançar sobre as reservas de petróleo da Noruega, diz um relatório do serviço de inteligência norueguês PST.
Segundo a investigação, o serviço detectou tentativas de recrutar fontes e hackear computadores. O movimento é semelhante ao do grande ataque cibernético contra 50 empresas de petróleo e gás em 2014.
Conforme a PST, há suspeitas de que um cidadão norueguês tenha entregue informações durante o tempo em que trabalhou na unidade de óleo e gás da DNV GL, empresa especializada em impresão 3D e tecnologia de materiais.
A PST alerta que a energia renovável já entrou no foco de espiões estrangeiros. “A estimativa é que o uso de ferramentas econômicas e operações de rede aumentem nos próximos 18 meses”, aponta o órgão.
Os espiões buscariam tecnologia de petróleo e gás para uso civil e militar, além de segredos comerciais e detalhes sobre os planos da Noruega a novas licenças de regulamentação à exploração de petróleo.
Em agosto, a Noruega expulsou um diplomata russo após suspeitas de espionagem. “Os serviços de inteligência russos e chineses têm grandes recursos tecnológicos e humanos e trabalham a longo prazo, com propósito e paciência”, diz o relatório.
A Noruega é o maior produtor de petróleo da Europa. O país trabalha junto à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para impor cortes de produção aos membros desde a queda de preços em abril.
Com a Covid-19, Oslo busca conceder um número recorde de licenças para exploração no Mar de Barents no próximo ano.
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