O governo de Israel concedeu US$ 1 bilhão em impostos à Autoridade Palestina nesta quarta (2), confirmaram fontes oficiais de ambos os lados à Reuters. O gesto foi visto como um sinal de aproximação.
Os impostos da região disputada pelos povos judeu e palestino são administrados por Israel desde a implantação do acordo de paz provisório, na década de 1990.
Tel Aviv depositou 3,77 bilhões de shekels – o equivalente a cerca de R$ 6 bilhões. A soma mensal representa mais da metade do orçamento da Palestina, que tenta se recuperar dos duros efeitos da pandemia.
A transferência é a primeira desde junho, quando os palestinos se recusaram a aceitar o montante em protesto aos planos do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em anexar partes da Cisjordânia.
Com o estabelecimento das relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos, sob mediação dos EUA, no entanto, o Estado judeu suspendeu os planos.
No dia 26 os palestinos afirmaram que retomarão a cooperação civil e de segurança com Israel. “Falamos a todos. A Palestina e os palestinos estão prontos para se engajar completamente com Israel”, disse o ministro das Relações Exteriores palestino, Ryad al-Maliki.
Em 2019, a Palestina recusou o repasse dos impostos diversas vezes depois da redução aos fundos de familiares de militantes presos ou mortos, imposta por Israel. A média de repasses ao palestinos é de US$ 190 milhões por mês.
Em crise, Ramallah deve pagar os salários atrasados há meses de seus 130 mil funcionários públicos.
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