O presidente do Banco Mundial, David Malpass, pediu a todos os países ricos, com ênfase na China, a cancelar as dívidas dos países pobres. O objetivo é ajudá-los a enfrentar a pandemia.
A fala foi destaque durante o evento online da Escola de Finanças de Frankfurt, na segunda (5), registrou o jornal “South China Morning Post“, de Hong Kong.
Segundo Malpass, mesmo sendo a principal responsável pelo endividamento de “vários” países pobres, a China não participa de maneira integral à Iniciativa de Suspensão da Dívida do G20.
“Muitos credores deixam o alívio da dívida muito raso para atender às necessidades fiscais da pandemia e da desigualdade que nos cerca”, pontuou, referindo-se a Beijing.
O projeto, lançado em abril, oferece uma “moratória” temporária para 73 países de baixa renda, em especial os mais atingidos pela pandemia, como Guiné-Bissau e Moçambique.
Até agora, 43 países receberam cerca de US$ 5 bilhões para financiar medidas sociais em combate à Covid-19.
“Os problemas de dívida na África e economias emergentes são resultado do rápido crescimento de novos credores oficiais, especialmente os bem capitalizados da China”, afirmou Malpass.
Beijing é o maior credor bilateral para a maioria das economias emergentes. Do plano de dívidas das nações pobres, 70% do montante – ou US$ 7,1 bilhões – foram ou irão para a China até dezembro.
O governo chinês afirmou que recebeu mais de 20 pedidos de ajuda financeira desde o início da pandemia.
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