Em uma decisão que irritou a Índia, o primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, anunciou que concederá um “status provisório” de província a uma parte da região da Caxemira.
De acordo com a Reuters, o status de “província” se aplicaria a Gilgit-Baltistão, a única ligação terrestre do Paquistão com a China. “É uma demanda há muito tempo”, justificou Khan em uma visita a cidade de Gilgit.
Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Shri Anurag Srivastava afirmou que Nova Délhi rejeita qualquer tentativa do Paquistão de realizar “mudanças no território indiano”.
Srivastava ainda afirmou que a ocupação paquistanesa no território é “ilegal e forçada”.
De maioria muçulmana, a Caxemira é disputada pelos dois países desde que Nova Délhi e Islamabad conquistaram a independência do Reino Unido e se separaram em dois países, em 1947.
Desde então, Índia e Paquistão já travaram duas guerras pelo território.
De acordo com Khan, a decisão obedece a resoluções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), mas não deu detalhes sobre normas e nem especificou o prazo para a implementação.
Para entrar em vigor, o movimento carece de uma emenda constitucional do Paquistão e a aprovação de dois terços no plenário.
Em Gilgit-Baltistão, Khan busca instaurar uma eleição parlamentar em 15 de novembro, a fim de conceder poderes autônomos à região. A Índia se opõe à eleição e defende que o Paquistão ocupa o território de forma ilegal.
Mais de 1,2 milhão de pessoas moram no local, foco do projeto de infraestrutura chinês “Corredor Econômico China-Paquistão”. O investimento previsto é de mais de US$ 65 bilhões.
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