Analistas de direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) alertaram sobre o aumento de repressão e perseguição a ativistas no Camboja, no sudeste da Ásia.
Em um comunicado lançado na segunda (16), a relatora especial Mary Lawlor apontou o registro de ameaças e detenções arbitrárias a pelo menos 21 ativistas nos últimos três meses.
Pelo menos 12 manifestantes permanecem em prisão preventiva. Eles tiveram a fiança negada e podem permanecer detidos por até dois anos.
Mergulhado em denúncias, o governo do Camboja estaria se utilizando da pandemia para dificultar o trabalho da imprensa independente do país e coibir as atividades de políticos da oposição.
De acordo com Lawlor, imagens de câmeras de segurança comprovam o uso excessivo da força pela polícia cambojana para proibir reuniões pacíficas de defensores dos direitos humanos.
Um dos casos recentes de maior repercussão é a prisão do ativista de direitos humanos Rong Chhung, em 31 de julho.
Chhung assumiu a pauta de agricultores que tiveram as terras tomadas na província de Tbong Khmom. Os moradores foram afetados por uma demarcação de fronteiras entre o Camboja e Vietnã. Ele não foi mais visto desde então.
“A promoção dos direitos humanos por meios pacíficos não é crime”, afirmou Lawlor. Em nome da ONU, a analista exortou o governo do Camboja a encerrar imediatamente a repressão e a criminalização de ativistas.
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