Depois de suspender o prazo para o pagamento das dívidas dos países mais pobres, agora os líderes do G-20 pedem ao setor privado que faça o mesmo. O pedido ocorreu no fechamento da cúpula virtual, capitaneada pela Arábia Saudita, entre o sábado (21) e o domingo (22).
Em uma declaração conjunta, o grupo das 20 maiores economias do mundo encorajou credores privados a integrarem a iniciativa. A medida deve beneficiar os países mais prejudicados pela pandemia na África e pequenos Estados insulares, mais vulneráveis.
O alívio da dívida proposto pelo G-20 já ajudou 46 países a adiar US$ 2,7 bilhões em débitos em 2020. Mas o objetivo de liberar recursos para a manutenção da crise ainda esbarra em credores privados, que limitaram o congelamento da dívida.
A expectativa é que o G-20 implemente um quadro de tratamento para fornecer alívio permanente da dívida aos países mais pobres. Outras nações de renda média, no entanto, também precisam de ajuda.
“Também devemos ajudar os países não cobertos pela estrutura [de moratória temporária e negociada] para que suas economias possam se tornar mais resilientes”, disse a diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva.
Pelo menos seis dos 12 países com as maiores taxas de mortalidade por Covid-19 são nações de renda média e permanecem fora do escopo do processo de adiamento de dívidas do G-20.
A suspensão atual atinge apenas dívidas de governo para governo, de credores oficiais. Os valores serão pagos mais adiante, com prazo de cinco anos e 12 meses de carência.
Já são 43 os países que aderiram ao programa de suspensão temporária de pagamentos. O G-20 informou que 73 nações podem aderir.
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