A semana de negociação entre os 75 líderes da Líbia terminou no domingo (15), na Tunísia, sem respostas sobre quem deverá assumir o novo governo de transição.
Apesar de concordarem sobre o prazo de 18 meses para as próximas eleições, os lados – muitos deles em conflito – não chegaram a um consenso sobre quem deverá liderar o país até a realização do pleito.
Desde o começo, a ONU (Organização das Nações Unidas), que media o processo, definiu que os representantes do governo de transição não poderão concorrer às eleições. A votação está agendada para 24 de dezembro de 2021.
A enviada especial da ONU à Líbia, Stephanie Williams, afirmou à Associated Press que o fórum preferiu não discutir nomes durante as rodadas de negociação, embora esse fosse um dos objetivos do encontro.
Ainda assim, Williams se disse “muito satisfeita” com os resultados da reunião. “Houve avanço”, apontou.
Os grupos estabeleceram que a reunião deveria terminar com uma lista para os cargos de presidente, primeiro-ministro e dois deputados para o governo transitório.
Agora, os rivais devem se reunir novamente na próxima semana em uma conferência online para tentar nomear o próximo governo. “Dez anos de conflitos não se resolvem em uma semana”, disse a mediadora da ONU. “Ainda temos muito trabalho pela frente”.
A negociação parte do esforço em restabelecer a paz na Líbia após dez anos de guerra após a derrubada do ditador Muammar Khadafi, em 2011.
A expectativa é a de que o encontro contribua para pavimentar o mais recente acordo assinado pelo Governo do Acordo Nacional e as forças do general renegado Khalifa Haftar, no dia 23.
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