O aumento da migração de cidadãos senegaleses às Ilhas Canárias já gera preocupação ao governo da Espanha, informou o portal InfoMigrants.
Na última segunda (23), a ministra de Relações Exteriores espanhola, Arancha González Laya, se encontrou com o presidente senegalês, Macky Sall, para discutir formas de impedir a saída do país.
A maior preocupação seria a perigosa travessia entre o país africano e o território espanhol. No dia 29, o naufrágio de uma embarcação a caminho da ilha terminou com 140 mortos.
Em resposta, a Espanha prometeu aumentar a presença policial no Senegal a fim de reprimir as redes de tráfico de pessoas. O país europeu também pretende enviar embarcações adicionais de patrulha às Ilhas Canárias.
As Ilhas Canárias se tornaram destino dos migrantes rumo à Europa: desde o início de 2020, cerca de 17 mil se estabeleceram no local – a maioria senegaleses, ante 2,5 mil no ano passado. Estima-se que mais de 410 pessoas morreram no percurso.
Migrantes desaparecidos
A OIM (Organização Internacional de Migrações, das Nações Unidas) estima que entre janeiro e novembro deste ano, 545 barcos chegaram às Ilhas Canárias. Outros 41 naufragaram até alcançar a costa.
De acordo com a organização, pelo menos 511 migrantes morreram ou desapareceram na rota só neste ano. A tendência, no entanto, é que os números sejam maiores por falta de relatos ou registros.
Além do Senegal, cidadãos de países como Mauritânia, Marrocos e Saara Ocidental também fazem a travessia.
“Esperamos combater a migração juntos”, disse Sall. Agora Senegal e Espanha devem buscar meios legais para incentivar o trabalho de senegaleses na Europa, disse o chefe de Estado.
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