A pior recessão em 300 anos está forçando o Reino Unido a tomar medidas drásticas para impedir um colapso em sua economia, informou a Bloomberg na quarta (25).
Em meio a um segundo surto de Covid-19, uma das alternativas é o investimento de bilhões de libras em infraestrutura para aumentar os empregos e salários dos trabalhadores das classes mais baixas.
Proposta pelo chanceler do Tesouro, Rishi Sunak, a iniciativa quer estimular um corte de gastos polêmico para pagar as dívidas do país. As medidas têm base em estimativas pessimistas para os próximos anos.
O país deve lidar com um índice de até 7,5% de desemprego e contração econômica de 11,3% – a maior queda desde a Grande Geada de 1709. Em perspectivas futuras, a economia deve ser até 3% menor em 2025 em comparação a março deste ano.
Ao mesmo tempo em que investe em infraestrutura, no entanto, Sunak corta o financiamento de políticas como aumentos salariais do setor público e ajuda externa.
O golpe no orçamento provocou uma reação imediata entre conservadores e lobistas. “Nossa emergência de saúde ainda não acabou e a emergência econômica apenas começou”, disse Sunak ao Parlamento na quarta (25).
Ameaça à recuperação
À Bloomberg, o economista Dan Hanson apontou que o aperto no orçamento de Sunak pode representar um risco significativo à economia e até acentuar a recessão nas ilhas britânicas.
“Se o chanceler seguir esse curso, é provável que ameace a recuperação do Reino Unido”, diz. O risco é ainda maior se o país deixar a União Europeia em definitivo sem antes estabelecer um acordo comercial com o bloco. O prazo máximo para um improvável entendimento é 31 de dezembro.
“Nesse cenário, o desemprego chegaria a 8,3% e a economia não recuperaria seu tamanho pré-Covid até 2023″, estima Hanson. A longo prazo, o impacto de um Brexit atabalhoado – como se espera – pode ser de 5% no PIB (Produto Interno Bruto) do país.
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