A frota de mais de 40 anos não impediu o Irã de realizar exercícios militares nesta segunda (2) e terça (3) na província de Isfahan, na região central do país.
Em crise econômica e sob diversas sanções de países ocidentais, Teerã não tem recursos para adquirir, por ora, novos equipamentos. O Exército realiza o treinamento com drones, além de jatos de combate com mais de 40 anos e anteriores à Revolução Islâmica, de 1979.
Ainda assim, os comandantes das Forças Aéreas iranianas usaram o exercício para ameaçar os inimigos – sobretudo os EUA – em possíveis “avanços no território”.
“Estamos preparados para enfrentar qualquer ameaça em qualquer nível”, disse o major general Abdolrahim Mousavi à agência estatal. “Se os líderes dos EUA cometerem um erro de cálculo, iremos contra eles com todas as nossas forças”.
O governo norte-americano aplicou mais uma série de sanções sobre o país desde que abandonou, de forma unilateral, o acordo nuclear de 2015.
Mesmo antigos, os drones estavam carregados de bombas – ato inédito nos treinamentos do Exército, apontou o porta-voz Farhad Goudarzi. Uma das aeronaves lançou bombas de mais de 200 quilos sobre alvos terrestres.
Oito bases aéreas participaram do treinamento. O exercício contou com caças a jato fabricados nos EUA e na Rússia, e outras aeronaves construídas no país, reportou a Associated Press.
Até o dia 18 de outubro, o Irã estava impedido pelo embargo de armas da ONU (Organização das Nações Unidas) de comprar armas estrangeiras, como tanques e caças.
Este é o segundo treinamento militar realizado pelo Exército do país desde o início das sanções, ainda em 2010. No dia 10 de setembro, a frota do Irã se mobilizou em um treinamento no Estreito de Ormuz, passagem estratégica contra possíveis “ameaças estrangeiras”.
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