Pelo menos seis pessoas morreram no domingo (10) após um ataque com carro-bomba na cidade portuária de Áden, no Iêmen. O ataque tinha como alvo dois altos funcionários do governo, que sobreviveram. As informações são do jornal Daily Herald.
A ofensiva tinha como objetivo neutralizar um comboio que transportava o ministro da Agricultura, Salem al-Socotrai, e o governador de Áden, Ahmed Lamlas, no distrito de Tawahi. A explosão acabou matando pelo menos seis integrantes da comitiva de Lamlas e feriu outras sete que passavam nos arredores. As vítimas foram levadas para hospitais. O estrondo danificou vários edifícios na área, que foram rapidamente fechados pelas forças de segurança.
O primeiro-ministro Maeen Abdulmalik Saeed classificou o incidente como “ataque terrorista” e ordenou que o caso fosse investigado. Nos últimos anos, Áden foi sacudida por várias explosões, comumente atribuídas a afiliados locais da Al-Qaeda ou a facções do Estado Islâmico (EI). Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pela ação.
Áden é a capital provisória do governo iemenita, que há anos luta contra os rebeldes houthis que, apoiados pelo Irã, assumiram a capital, Sanaa, desencadeando a guerra civil no país.
Por que isso importa?
O Iêmen vive um conflito que começou no final de 2014, após o grupo rebelde houthi, alinhado ao Irã, expulsar o governo da capital iemenita Sanaa. Uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita interveio a favor dos antigos governantes, acusados de corrupção pelos militantes de oposição.
Desde janeiro, quando Washington incluiu os rebeldes em sua lista de grupos terroristas internacionais, o grupo intensificou os ataques com mísseis e drones contra a Arábia Saudita. Os houthis rejeitam a proposta saudita de cessar-fogo e exigem a abertura do espaço aéreo e dos portos do Iêmen.
Há relatos de que os houthis recrutam menores – em especial crianças – para a linha de frente das batalhas e para esgotar as munições das forças adversárias
A crise humanitária decorrente dos combates é tida como o mais grave do mundo. Em virtude dos combates, cerca de dois milhões de civis migraram para centenas de alojamentos improvisados no meio do deserto.
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