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sábado, 23 de outubro de 2021

EUA revelam armadilhas digitais usadas pela Rússia para semear desinformação

O Departamento de Estado dos EUA (DOS, na sigla em inglês) mapeou o sistema de desinformação coordenado pelo governo da Rússia na internet. É um sistema que faz propaganda pró-Kremlin ao mesmo tempo em que semeia a desinformação no ocidente, usando a seu favor os algoritmos de redes sociais como Facebook e Twitter. As informações são do site Dialogo Americas.

O mapeamento foi revelado por John Spykerman, que dirige uma equipe com foco em Rússia no DOS e participou de uma videoconferência de combate à desinformação no dia 29 de setembro. Segundo ele, são cinco os pilares do projeto de Moscou: comunicações oficiais do governo, mensagens globais financiadas pelo Estado, cultivo de sites proxy, mídia social armada e desinformação cibernética.

EUA revelam armadilhas digitais usadas pela Rússia para semear desinformação
Encontro entre Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Joe Biden, presidente dos EUA, em junho de 2021 (Foto: Wikimedia Commons)

“Todos esses pilares estão trabalhando juntos constantemente e ampliando uns aos outros”, disse Spykerman, que destacou os sites proxy como o ponto vital do sistema russo de desinformação. “Em muitos casos, esses sites proxy são controlados e dirigidos pelo governo russo. Às vezes, até mesmo pelos serviços de inteligência russos”.

Os tais sites proxy por vezes não existem de verdade, mas aparecem em redes sociais como sendo fontes de notícias produzidas pelo governo russo e que os algoritmos levam ao leitor. De acordo com Spykerman, por trás das notícias aparentemente aleatórias há uma agência de notícias estatal russa, como Russia Today ou Sputnik. “Quando isso aparece no seu feed, é apenas uma história, você não vê o que mais existe no site”.

Segundo ele, a Rússia não explora apenas a informação em si. Também atua para levar a desinformação às pessoas certas. “Você pode absorver essa narrativa de forma não intencional ou intencional”, diz ele. “A Rússia está realmente explorando um conceito psicológico bem conhecido. Quando você tem conexão emocional com a informação ou a desinformação, você fica mais relutante em abrir mão disso”.

É a partir daí que o conteúdo muitas vezes viraliza. “É mais provável que você compartilhe com outras pessoas. E isso torna muito difícil para verificadores de fatos, desmistificadores e assim por diante conter a informação depois que ela se espalhou”.

Segundo Spikerman, o objetivo do Kremlin com essa campanha de fake news é muito claro: “Divida as sociedades ocidentais e faça com que os cidadãos percam a confiança em sua democracia e em suas instituições democráticas”.

Por que isso importa?

O Facebook e outras mídias sociais vêm enfrentado fortes críticas durante a pandemia de Covid-19, inclusive do presidente dos EUA, Joe Biden, que atribui à rede parcela de culpa por espalhar mentiras sobre a vacinação que “atrapalha os esforços em todo o mundo para combater o coronavírus”.

Em junho, a big tech fechou 65 contas do Facebook e 243 contas do Instagram ligadas ao grupo de marketing Fazze, que buscava recrutar influenciadores para endossar uma campanha contra os imunizantes Pfizer e Astrazeneca. A operação da Fazze começou com grupos de contas falsas criadas em 2020, que teriam origem nas chamadas “fazendas de contas” no Paquistão e em Bangladesh.

As contas falsas usavam memes e comentários como meios de propagação de fake news. Uma das mentiras espalhadas dizia que as vacinas da Astrazeneca transformariam as pessoas em chimpanzés, trazendo imagens do filme ‘Planeta dos Macacos’. Já a Pfizer teria maior taxa de mortalidade do que outros imunizantes. O Facebook relatou que vários influenciadores de saúde e estilo de vida compartilharam tais conteúdos.

Antes disso, em março deste ano, o Facebook identificou 530 contas falsas do Instagram que tinham como público-alvo a população russa. A rede de desinformação produzia conteúdo contrário aos protestos em apoio ao político russo Alexei Navalny, de oposição ao Kremlin.

Mais de 50 mil usuários seguiam as contas falsas, apontou o Facebook. Os perfis se utilizavam da procura por hashtags e tags de localização para enviar ao público-alvo conteúdos críticos à oposição russa.

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