Pelo menos 14 pessoas morreram na manhã desta quarta-feira (20) e três ficaram feridas após duas bombas atingirem um ônibus do exército sírio que circulava no centro de Damasco, capital da Síria. Todas as vítimas seriam militares, segundo informações da revista norte-americana Newsweek.
A suspeita das autoridades é de que o atentado seja de responsabilidade do grupo Estado Islâmico (EI), mas nenhuma organização extremista reivindicou oficialmente a ação, que resultou na destruição do veículo militar que atravessava a ponte de Al Raes, no meio do horário de pico. Foi o mais mortal atentado no país desde 2017, quando um ataque executado pelo EI deixou cerca de 30 mortos também em Damasco. O exército sírio detalhou que o ônibus foi destruído por “duas poderosas bombas na beira da estrada que demoliram o veículo e deixaram seus ocupantes sem chance de sobreviver”. Uma terceira bomba encontrada no local foi desmontada por especialistas das forças sírias. Uma investigação está em andamento para apurar os responsáveis. O jornal israelense Israel Hayom levantou dúvidas sobre se a explosão foi um ato terrorista de rotina contra soldados sírios ou se trata de uma tentativa de tirar oficiais iranianos ou pró-iranianos da Síria. A publicação ainda ventilou a hipótese de a explosão não ser obra de uma organização jihadista, já que o alvo do ataque e o local em que as bombas foram detonadas teriam sido cuidadosamente escolhidos para evitar danos colaterais e mortes de civis. Segundo o diretor para o Oriente Médio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ted Chaiban, esses atos de violência “são mais um lembrete de que a guerra na Síria ainda não acabou”. O diretor regional do Unicef lembra que são os civis que “continuam suportando o peso de um conflito brutal que já dura uma década”, declarou ele à ONU News.Por que isso importa?
A guerra civil na Síria, que já dura dez anos, deixou mais de 13 milhões de pessoas dependentes de ajuda humanitária segundo dados recentes da ONU (Organização das Nações Unidas). Somente na região noroeste há 4 milhões de pessoas nessa situação.
O conflito opôs Rússia e Irã, aliados ao governo de Al-Assad, à Turquia. Mais de 590 mil pessoas morreram durante a guerra, que varreu a nação e deslocou mais da metade da população, que era de 23 milhões de pessoas.
Desde 2011, a oposição e líderes ocidentais exigem a saída de Assad, a quem acusam de crimes contra a humanidade. Apoiadores de Assad, por outro lado, criticam o que consideram uma interferência de Washington com o intuito de derrubar o presidente.
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