Especialistas independentes convocados pela ONU (Organização das Nações Unidas) cobram de Israel uma posição oficial sobre os cinco prisioneiros palestinos atualmente em greve de fome nas prisões israelenses. Com o aumento do temor pela vida dos detidos, o grupo de analistas exige que o governo israelenses os liberte ao faça uma denúncia judicial formal, o que até agora não foi feito.
Em nota, os especialistas disseram que Israel continua detendo mais de 500 palestinos, incluindo seis crianças, “sem acusações, sem julgamentos, sem condenações”. Eles seguem detidos com base em “informações secretas” às quais os próprios detidos não podem ter acesso acessar ou mesmo contestar. E “quando, ou se, serão libertados”.
De acordo com o painel da ONU, os cinco grevistas de fome, todos homens entre vinte e trinta anos, recusam comida por prazos que já atingem de 58 a 99 dias, como forma de protestar contra a detenção administrativa por meses ou anos seguidos.
Os especialistas em direitos humanos destacaram os casos de dois dos homens, Kayed Al-Fasous e Miqdad Al-Qawasameh, que supostamente correm perigo iminente de morte. Al-Fasous, que teria sido mantido em duras condições de confinamento solitário, agora está no hospital Barzelai. Já Al Qawasameh foi transferido para o Hospital Kaplan depois que sua saúde piorou e está na UTI desde 19 de outubro.
Em 7 e 14 de outubro, o Supremo Tribunal de Justiça israelense suspendeu a ordem de detenção administrativa, mas os defensores dos direitos humanos destacam que os homens decidiram continuar com a greve porque a suspensão não significa a libertação.
Dois outros homens, Alaa Al-Araj e Hisham Ismail Abu Hawash, foram transferidos em 19 de outubro para hospitais israelenses depois que sua saúde se deteriorou. O quinto, Shadi Abu Aka, está atualmente em uma clínica prisional.
Violações habituais
Os especialistas observaram que Israel tem violado regularmente seus deveres legais sob a Quarta Convenção de Genebra de 1949. O argumento é o de que uma potência ocupante, Israel, não pode transferir prisioneiros do território ocupado, a Palestina, para centros de detenção no seu território.
“No direito internacional, a detenção administrativa é permitida apenas em circunstâncias excepcionais e apenas por curtos períodos de tempo. As práticas de Israel excedem todas as fronteiras legais internacionais.”, diz um relatório.
Os especialistas independentes também pediram a Israel que acabe com as duras condições de detenção de prisioneiros palestinos: “A imposição de confinamento solitário a detidos já enfraquecidos por meses de greve de fome deve parar imediatamente”.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente em inglês pela ONU News
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