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domingo, 31 de outubro de 2021

EI-K e Al-Qaeda terão condições de atacar os EUA em breve, segundo o Pentágono

O Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), braço do grupo extremista no Afeganistão, e a Al-Qaeda terão condições de empreender ataques contra os Estados Unidos num prazo de seis meses a um ano, e ambos têm intenções de fazê-lo. A afirmação foi feita ao Congresso norte-americano por Colin Kahl, terceiro nome na hierarquia de lideranças do Pentágono, segundo a rede Voice of America (VOA).

“A comunidade de inteligência avalia atualmente que tanto o EI-K quanto a Al-Qaeda têm a intenção de realizar operações externas, inclusive contra os Estados Unidos, mas nenhum dos dois tem atualmente a capacidade de fazê-lo. Podemos ver o EI-K gerar essa capacidade em algo entre seis e 12 meses”, disse Kahl.

Homem-bomba do EI-K no Afeganistão: Estados Unidos estão na mira do grupo (Foto: reprodução de vídeo)

Por enquanto, o maior desafio do EI-K é o Taleban, que assumiu o governo do Afeganistão e de quem é inimigo declarado. Segundo Kahl, ainda não ficou claro se os talibãs terão como enfrentar o rival, que tem realizado devastadores ataques a bomba desde a retirada das tropas estrangeiras do país.

Segundo Kahl, o contingente do EI-K não é grande, mas isso não chega a ser um empecilho. O que falta é estrutura. “Eles têm um quadro de alguns milhares de pessoas, algumas das quais adorariam realizar ataques externos”, afirmou. “Acho que devemos estar vigilantes para um subconjunto do EI-K que possa desenvolver os recursos e a capacidade de atacar a pátria dos EUA”.

A preocupação com a violenta facção afegã não é nova em Washington. Durante audiência no Congresso no mês passado, a principal autoridade contraterrorismo do governo, Christine Abizaid, disse que o EI-K parecia se aproveitar da notoriedade que ganhou após o ataque ao aeroporto de Cabul. “Será que ele se tornará mais focado no Ocidente? Ele se tornará mais focado na nossa pátria do que antes?”, questionou ela à época.

Segundo o general Kenneth McKenzie, comandante das forças dos EUA no Oriente Médio e no Sul da Ásia, o grupo se fortaleceu ainda mais desde que o Taleban assumiu o comando do país, em parte por erros dos atuais governantes. Entre suas ações, os talibãs esvaziaram prisões e libertaram milhares de apoiadores do Estado Islâmico (EI), muitos dos quais se juntaram às fileiras do EI-K. “O que vemos é o EI recém-rejuvenescido”, disse ele no mês passado.

Por que isso importa?

No Afeganistão, o EI-K tende a ser o principal opositor doméstico do Taleban. O grupo trata os talibãs como apóstatas, sob a acusação de que abandonaram a jihad por uma negociação diplomática. Isso tornaria válido o assassinatos de combatentes do Taleban, conforme a interpretação das leis islâmicas.

Militarmente, porém, a vantagem no Afeganistão é do Taleban, que fortaleceu seu arsenal durante e após a retirada de tropas estrangeiras do país e tende a agregar novos recrutas agora que governa o país. São cidadãos afegãos e mesmo estrangeiros que buscam proteção e meios para sobreviver.

O que distancia os dois grupos é a base ideológica. O Taleban é adepto de uma interpretação do Islã que defende a subserviência da mulher, proíbe muitas tecnologias e o entretenimento, aceitando apenas o conhecimento inspirado por Deus. Já o EI-K prega ideologia ultraconservadora do islamismo Sunita, apoiando a Sharia (lei islâmica) e castigos corporais. Acredita que o mundo deveria seguir os preceitos históricos do Islamismo.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.

Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.

Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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