Correio de Piedade

Jornal Correio de Piedade - Acompanhe as últimas notícias de Piedade e região, economia, política, nacional, internacional, Tv, ciência e tecnologia.

Hospedagem de sites ilimitada superdomínios

terça-feira, 26 de outubro de 2021

China pede diálogo entre facções em meio a golpe de Estado no Sudão

Michelle Bachelet, principal autoridade da ONU para os Direitos Humanos, condenou nesta segunda-feira (25) o golpe de Estado em andamento no Sudão. Se de um lado ela pede que os militares “respeitem a ordem constitucional e deixem as ruas do país”,

a China recomenda um diálogo entre as facções sudanesas, informou a agência Associated Press.

Com a prisão do primeiro-ministro Abdalla Hamdok, detido juntamente com funcionários do governo e líderes, para Bachelet, o golpe põe em risco o acordo de paz assinado em 2020, que representou uma trégua de anos de conflito no país africano e agora “coloca em perigo os importantes progressos alcançados em direção à democracia e aos direitos humanos”.

Em meio a um cenário turbulento, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse na segunda-feira que a China deseja que todas as partes no Sudão “resolvam suas diferenças por meio do diálogo, a fim de manter a paz e a estabilidade do país”.

A China é um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e um dos principais investidores na África.
General Abdel Fattah al-Burhane anunciou a dissolução do governo e do Conselho de Soberania do Sudão (Foto: Captura de TV/Twitter)
Wenbin declarou que Beijing permanecerá atenta à situação no Sudão e irá “tomar as medidas necessárias para garantir a segurança das instituições e do pessoal chinês lá”.

Durante o opressor governo de Omar al-Bashir, acusado de ser o mentor de inúmeras atrocidades durante sua campanha para combater conflitos na região oeste de Darfur e entregue recentemente ao Tribunal Penal Internacional de Haia por abusos dos direitos humanos durante seu governo, a China foi o maior parceiro comercial do Sudão e um parceiro internacional importante.

Conflito de quase duas décadas

O acordo de paz assinado entre o governo de transição e os principais grupos armados do Sudão em setembro de 2020 abriu caminho para fortalecer a unidade nacional do país.

Além do governo de transição, os grupos Frente Revolucionária e Movimento de Libertação (Minni Minnawi) assinaram o documento no vizinho Sudão do Sul. À época, a expectativa era de que a rubrica colocasse um ponto final no conflito, que já dura 17 anos.

Desde 2003, os combates das forças armadas e milícias aliadas ao ex-presidente Omar al-Bashir já mataram cerca de 300 mil pessoas. Também forçaram o deslocamento de milhões, segundo a ONU. Al-Bashir foi deposto em abril de 2019, após uma série de disputas iniciadas ainda em 2018.

O post China pede diálogo entre facções em meio a golpe de Estado no Sudão apareceu primeiro em A Referência.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, evite comentários depreciativos e ofensivos

Traduza

Adbox