O jornalista Israel Vázquez foi morto a tiros pouco antes de transmitir ao vivo a descoberta de restos mortais em sacos plásticos na cidade de Salamanca, no centro do México, na segunda-feira (9).
Autoridades do estado de Guanajuato confirmaram à Reuters que o repórter foi alvejado com 11 tiros. Equipes de emergência chegaram a levá-lo ao hospital, mas o repórter não resistiu aos ferimentos.
A transmissão seria realizada pelo portal El Salmantino. “Foi covarde”, disse um colega de Vázquez que não quis se identificar. “Estamos em choque”.
Nesta quinta (12), o portal afirmou que dois membros de um cartel local teriam participado do assassinato do repórter. Com uma faixa de luto na página inicial da página, a equipe do site está mobilizada junto da família do jornalista para impedir que o crime fique impune.
“Não é só por Israel. Ele não é a primeira vítima que morre nas mãos de pessoas irresponsáveis”, disse a também repórter do El Salmantino Noreyma Castillo.
O general das forças policiais Carlos Zamarripa Aguirre prometeu uma investigação sobre o caso. Em nota no Twitter, o governador de Guanajuato, Diego Rodríguez, prometeu proteção à família.
Este é o segundo assassinato de jornalista em menos de um mês no México. O país lidera o ranking global de homicídios contra profissionais da imprensa, de acordo com a Unesco.
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