A recuperação do mercado de trabalho na América Latina e Caribe está sendo mais lenta que o esperado após a ligeira recuperação nos casos de Covid-19.
De acordo com o último relatório da Cepal (Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina), o continente precisa de macro políticas ativas para reinserir no mercado os mais de 47 milhões latino-americanos que perderam o emprego em 2020.
O documento, construído com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), também aponta que o desemprego afetou sobretudo os grupos mais vulneráveis. A região viveu a maior contração de sua economia nos últimos 100 anos.
Com base na taxa média de crescimento de empregos da última década, o retorno aos níveis de atividades anteriores à pandemia não deve ocorrer no curto prazo.
“É um golpe sem precedentes”, disse a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena, em coletiva de imprensa na terça (10). Segundo a economista, os maiores efeitos da crise ocorreram entre abril e junho.
“Muitas pessoas se viram sem emprego e não conseguiram voltar rápido ao mercado de trabalho ou até desistiram de fazê-lo”, esclareceu Bárcena. Um dos motivos centrais foi o impacto econômico da propagação do vírus.
Os mais atingidos
As estimativas do início do ano se confirmaram: mulheres e migrantes foram os afetados com maior força pelo desemprego na crise. Os jovens entre 15 e 24 anos também estão entre os que mais perderam empregos.
Em consequência, a Cepal e a OIT identificam um número cada vez mais alto de jovens que não estudam e nem trabalham. “Esses longos períodos de inatividade têm efeitos duradouros na carreira: mais informalidade e maior exclusão do mercado de trabalho no futuro”, adverte o relatório.
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