A América Latina lidera o índice de homicídios contra profissionais da imprensa em todo o mundo. A região continua na dianteira mesmo após queda de 14% no número de jornalistas mortos durante 2018 e 2019, em relação ao biênio anterior.
De acordo com o relatório da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), divulgado na segunda (2), a região reúne 31% de todos os ataques fatais contra jornalistas entre 2018 e 2019. Logo atrás vem Ásia e Pacífico, com 30%.
De janeiro de 2018 a dezembro de 2019, foram 156 homicídios de profissionais em todo o mundo. O México lidera o ranking: em 2019, foram 12 mortes. Em 2018, o país ficou atrás apenas do Afeganistão, com 13 assassinatos.
Até setembro de 2020, o mundo registrou 39 assassinatos de jornalistas – 16 só na América Latina. A Ásia soma 11 casos, o Oriente Médio, sete, e a África, cinco.
Os jornalistas de rádio e televisão são os que sofrem mais perseguição, concluiu o estudo. A maioria dos homicídios ocorre quando os profissionais descobrem ou publicam informações sobre casos de corrupção, violação de direitos humanos, crimes ambientais, tráficos e crimes políticos.
Impunidade prevalece
De acordo com o estudo, nove entre cada dez ataques fatais ficaram impunes na América Latina e Caribe. Apenas 13% dos casos são resolvidos – uma pequena melhora na comparação com 2018, quando o percentual de resolução foi de 11% dos homicídios.
Também há um aumento considerável de ataques a jornalistas mulheres, principalmente através de ameaças de agressões físicas e sexuais.
O estudo também registra a redução de assassinatos de jornalistas em zonas de conflito armado. O menor número da década é de 2019, que terminou com 57 ocorrências.
“Quando os jornalistas não conseguem fazer o seu trabalho com segurança, perdemos uma importante defesa contra a desinformação que se alastrou pela internet”, alertou o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres.
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