As lideranças de países vizinhos ao Mali deram um prazo de uma semana, até a próxima terça (15), para que a junta pós-golpe estipule o nome do novo presidente do país.
O comunicado foi feito após cúpula da Ecowas (Comunidade Econômica de Países da África Ocidental) nesta segunda (7), informou a Reuters.
O novo presidente deve ser um civil, alertaram os países vizinhos. Novas eleições devem acontecer no prazo máximo de um ano.
As sanções contra Bamako, impostas após o golpe que derrubou o presidente Ibrahim Boubacar Keita no último dia 18, continuam.
A tomada de poder ocorreu após motim de soldados. Desde então, o país é administrado por uma junta militar.
Grupos políticos malineses, como a coalização M5-RFP, já se queixam de que a junta tem agido para limitar seu acesso a um novo pleito presidencial.
O Mali tornou-se peça-chave na geopolítica internacional por sua localização, considerada passagem estratégica entre o Magreb, no norte africano, e as terras abaixo do deserto do Saara.
No norte do Mali, desértico e pouco habitado, tem crescido o número de grupos extremistas islâmicos. Vizinhos e potências ocidentais temem aumento da presença e das bases dos radicais na região.
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