Nem tudo que está no memorando sobre o tráfico de drogas elaborado pelo governo norte-americano na última quarta (16) está de acordo com a realidade, disse o presidente do México, Andrés Manuel Lopez Obrador nesta quinta (17).
No documento, o chefe do Executivo norte-americano, Donald Trump, exorta o México a fazer mais para combater a produção e o contrabando de substâncias ilícitas. Entre as sugestões está o aumento das apreensões de drogas e de processos contra traficantes.
Trump também ameaça designar o país vizinho como um “fracasso” na luta contra o tráfico de drogas caso o governo não tome providências.
Em entrevista coletiva, Lopez Obrador discordou da posição. “É uma opinião, basicamente. Trabalhamos todos os dias e não temos nenhum peso em nossa consciência”, registrou a Reuters.
O presidente mexicano também afirmou que não “buscará confronto”, por conta da campanha eleitoral dos Estados Unidos. Há anos o México tenta conter os cartéis de narcotráfico e sua crescente expansão territorial. Ataques a juízes também são recorrentes no país.
No dia 4, o analista político Evan Ellis, do CSIS (Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais) lançou um relatório que aponta a necessidade dos dois países cooperaram, já que os problemas do México tendem a se espalhar para os EUA.
Uma das preocupações centrais é a produção de fentanil, analgésico sintético responsável pela morte de milhares de norte-americanos por overdose todos os anos. De acordo com Trump, a produção da substância cresce de forma indiscriminada no México.
No memorando, Trump chega a ameaçar o país vizinho se dados que comprovam a eficácia do combate não forem apresentados em 2021. AMLO negou a possibilidade de perder financiamento de Washington.
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