O representante da Palestina na Liga Árabe, Riyad al-Maliki, deixou a presidência do grupo nesta terça (22), informou a Al-Jazeera. A renúncia é um protesto aos acordos de reconhecimento de Israel.
Até agora, os Emirados Árabes Unidos e Bahrein assinaram pela normalização das relações com o Estado judeu. Há expectativa que outros países, como o Sudão, Sérvia e Kosovo também optem pelo acordo.
Al-Maliki deveria permanecer à frente da Liga Árabe até março de 2021. O ministro das Relações Exteriores da Palestina, no entanto, anunciou sua saída durante coletiva na cidade ocupada de Ramallah, na Cisjordânia.
“Não há nenhuma honra em ver árabes correrem para a normalização durante a presidência”, disse.
Na última reunião com a cúpula, no dia 10, Al-Maliki levou a causa palestina ao debate, mas não houve qualquer condenação das lideranças árabes aos acordos firmados após o intermédio dos Estados Unidos.
Os palestinos veem as assinaturas como um golpe à busca por um Estado independente no território ocupado por Israel.
A disputa começou depois da guerra de 1967, quando o Estado judeu ocupou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. A Liga Árabe reivindica a retirada de Israel das terras ocupadas ilegalmente.
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