Desde o início de 2020, 17 jornalistas estrangeiros foram expulsos da China. Os dados estão no último relatório da Associação de Correspondentes Estrangeiros na China, publicado no último dia 8.
Os vistos dos profissionais ou não foram renovados ou foram removidos de forma deliberada após reportagens que denunciaram o controle autoritário do presidente Xi Jinping.
As expulsões marcam o ponto baixo nos laços diplomáticos entre Washington e Beijing em meio a tensões políticas e comerciais. Decisão afetou jornalistas de grandes veículos, como os norte-americanos “The Washington Post”, “The Wall Street Journal”, Bloomberg e CNN.
Em fevereiro deste ano, três repórteres perderam as suas credenciais depois que o jornal “The Wall Street Journal” se recusou a desculpar-se por pela coluna de opinião “A China é o verdadeiro homem doente da Ásia” (em tradução livre).
Entre agosto e setembro, autoridades da China detiveram e interrogaram três profissionais australianos. Em agosto, a mídia estatal chinesa removeu vídeos de um “show de negócios” do apresentador australiano Cheng Lei.
Desde o dia 8, os jornalistas Bill Birtles e Micael Smith, de emissoras concorrentes, estão proibidos de deixar a China até responderem a questionamentos sobre Cheng Lei.
China e Austrália divergem sobre o controle no Mar do Sul da China, alvo de ambições territoriais cada vez mais evidentes por parte de Beijing.
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