Pressionada pela Ecowas (Comunidade Econômica de Países da África Ocidental) para apresentar um novo presidente, a junta militar do Mali decidiu nesta segunda (21) que o coronel reformado Bah Ndaw liderará o governo de transição do país.
A vice-presidência ficará a cargo do coronel Assimi Goita, um dos principais líderes da tomada de poder após um motim de soldados no dia 18 de agosto. Detido na capital Bamako, o então presidente, Ibrahim Boubakar Keita, renunciou ao mandato.
Os novos líderes foram escolhidos por um grupo de 17 eleitores que deverá supervisionar a transição até as novas eleições, em um ano e meio. A posse está agendada para sexta-feira (25).
Ameaçada por sanções econômicas, a junta militar que tomou o poder no Mali desobedeceu os prazos propostos pela Ecowas para escolher um civil que comandasse o governo de transição.
Nas negociações, a junta malinesa ainda conseguiu estender o governo de transição de 12 para 18 meses.
Procurado pela Reuters, o grupo africano ainda não se manifestou. A expectativa é que uma delegação liderada pelo ex-presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, visite o país na quarta (23).
Depois do golpe militar, o total descumprimento das prerrogativas estabelecidas abrem precedentes perigosos, afirmam líderes regionais e parceiros do Mali, como a antiga metrópole, a França, e os Estados Unidos.
Os aliados preveem prejuízo à luta contra grupos extremistas islâmicos na região do Sahel. Imunes à crise política, grupos jihadistas avançam no interior do país. Desde 2012, extremistas já tomaram quase dois terços do território malinês, estratégico por sua localização nos limites entre o deserto do Saara e as porções férteis de terra ao sul do continente.
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