O presidente do Turcomenistão, Gurbanguly Berdymukhammedov, sancionou mudanças constitucionais no último dia 25, de acordo com a imprensa oficial do país.
Até agora, apenas o ditador e altos membros do governo sabem no que afinal consistem as alterações, informou a Radio Free Europe. O veículo norte-americano é um dos poucos ocidentais que tem repórteres no país.
O processo de revisão constitucional começou há um ano, quando Berdymukhammedov implementou e presidiu um comitê responsável por propor novas leis.
O documento foi enviado ao Conselho do Povo, criado em 2017 após mudanças na Assembleia dos Anciões do Turcomenistão, e foi aprovado na sequência.
A suspeita é a de que o presidente deve usar as mudanças na Constituição para garantir sua permanência vitalícia no cargo. Também são esperadas alterações para uma eventual transição de poder para seus filhos e netos.
A única mudança da qual os turcomenos foram informados é a de que o Conselho será unido ao Parlamento, chamado de Mejlis, tornando-se bicameral. Dessa forma, a assembleia assumirá um desenho próximo ao de um Senado.
Berdymukhammedov comanda o Turcomenistão em uma fechada ditadura desde 2006, com a morte de seu antecessor, o também autocrata Saparmurat Niyazov. Na época, o então presidente era chamado de “Turkmenbashi”, ou “pai dos turcomenos”.
Niyazov gostava tanto da alcunha que mudou o nome da cidade de Krasnovodsk, à beira do mar Cáspio, para seu apelido. A baía e o pequeno golfo que banham o local também levam seu nome, além de aeroportos, escolas e estátuas banhadas a ouro.
Para se garantir no poder, os dois presidentes pós-soviéticos usam um misto de supressão total à dissidência e subsídios pesados em produtos básicos e eletricidade, água e combustível.
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