O não pagamento da dívida de US$ 2,3 bilhões às indústrias farmacêuticas e empresas médicas dos EUA põe em xeque a credibilidade da Turquia, afirmou o jornal “Financial Times”, na última quarta (23).
De acordo com o embaixador dos EUA em Ancara, David Satterfield, a dívida já se tornou uma “questão significativa” para as relações comerciais entre os dois países.
No ano passado, a soma era de US$ 230 milhões. Agora, com o valor 10 vezes maior, Satterfield garantiu que o não-pagamento trará consequências. “As empresas considerarão sair ou reduzirão sua exposição ao mercado turco”, disse.
Mesmo que tenha um “histórico impecável” e nunca tenha deixado de pagar um empréstimo em 97 anos de República, a dívida total da Turquia já alcança US$ 169 bilhões e tem seu vencimento previsto para 2021.
Com a relutância do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em pedir um empréstimo ao FMI (Fundo Monetário Internacional), o país pode terminar o ano em moratória técnica.
Crise extensa
Em 2018, a crise monetária reduziu quase 30% do valor da lira e acentuou uma recessão. Com a pandemia, o país registrou uma nova desvalorização.
Outro ponto sensível é a ameaça de sanções da União Europeia após a Turquia invadir águas territoriais gregas, para extração de recursos energéticos. O bloco decidirá a punição nesta sexta (2).
Além das empresas estrangeiras, as organizações turcas também reclamam do atraso no pagamento de equipamentos médicos utilizados em hospitais estaduais.
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