Em sete páginas, o Parlamento da Tailândia argumentou, na última quinta (24), que o motivo para não dar continuidade à análise das 10 reformas à monarquia do país é a “inconclusão sobre os reais problemas” tratados.
No site oficial do Parlamento, deputados e senadores afirmaram que as reivindicações não apresentam motivos suficientes para manter a discussão e solicitaram que os manifestantes corrijam as demandas.
As propostas foram entregues pelas lideranças dos recentes protestos ao Parlamento na última quarta-feira (23). Os líderes pedem pela redução de poderes do rei Maha Vajiralongkorn, que aumentaram desde que o monarca subiu ao poder em 2016.
Mas os protestos que tomaram a capital, Bangkok, desde o dia 8 de agosto não foram suficientes para dissuadir os parlamentares – a maioria partidários do governo.
Entre as reivindicações está a retirada de dispositivos da Constituição do país. Segundo o grupo, as cláusulas favorecem a permanência do primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, no poder mesmo após o encerramento do seu mandato, registrou o portal Prachatai.
Acusado de corrupção e repressão a dissidentes, os manifestantes pedem que Chan-ocha também deixe o cargo.
Sem a análise parlamentar das propostas, ativistas e deputados da oposição acusaram o Parlamento de “tentar ganhar tempo”, reportou a Reuters. “Quando as pessoas estão desesperadas por reformas, elas pensam em revolução”, disse o ativista Parit Chiwarak à Reuters. “Mais desespero levará a mais agressão”.
O documento dos manifestantes pela reforma da monarquia tailandesa não afirma diretamente o desejo de tornar o país uma república. Mesmo assim, a hashtag “#RepublicOfThailand” (República da Tailândia, em inglês) tenha foi a mais popular no Twitter do país na sexta (25).
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