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terça-feira, 22 de setembro de 2020

Na Assembleia Geral da ONU, líderes trocam acusações sutis

Em vídeos gravados na edição deste ano da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), os três líderes das maiores potências do mundo – China, Estados Unidos e Rússia – fizeram discursos pró e contra o multilateralismo, com troca de acusações

Em uma fala de apenas sete dos 15 minutos disponíveis, na segunda (21), o presidente norte-americano Donald Trump apelou para que as Nações Unidas se concentrem nos “reais problemas do mundo”. Segundo Trump, essa é a “única forma de a organização ser eficaz”.

O líder dos EUA também responsabilizou a China como a principal disseminadora do novo coronavírus. A Covid-19 seria o “vírus da China” e Beijing é o “controlador virtual da OMS (Organização Mundial da Saúde)”.

Da Covid-19 aos 'problemas reais', líderes falam em Assembleia Geral da ONU
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em pronunciamento na 75ª Assembleia Geral da ONU em 21 de setembro de 2020 (Foto: UN Photo/Rick Bajornas)

Depois de atacar a OMS, Trump anunciou a saída dos EUA de forma unilateral da organização.

Logo depois do discurso de Trump, o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, rejeitou as provocações. “São acusações infundadas”, disse. Zhang foi o representante do presidente chinês, Xi Jinping.

Sem citar Trump, Xi não cedeu foi enfático. “Nenhum país deve dominar os assuntos globais, controlar o destino de outros ou manter as vantagens do desenvolvimento só para si”, disse Xi.

China e EUA vivem embate comercial e político que se intensificou desde o início da pandemia. É o ponto mais baixo das relações bilaterais desde a retomada dos laços, em 1971.

O presidente chinês ainda rejeitou a responsabilização chinesa sobre a Covid-19. “Qualquer tentativa de politização do tema, ou estigmatização, deve ser rejeitada”, pontuou.

Xi apontou que os países devem respeitar a “escolha independente quanto ao seu modelo de desenvolvimento” e reiterou o papel da ONU no núcleo do multilateralismo. “Essencial”, afirmou.

O presidente da China, Xi Jinping, faz seu pronunciamento na 75ª Assembleia Geral da ONU, em 22 de setembro de 2020 (Foto: UN Photo/Eskinder Debebe)

No mesmo tom, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu nesta terça (22) a importância da OMS e ofereceu a vacina russa Sputnik V para distribuição gratuita a todos.

Putin ainda argumentou que o Conselho de Segurança da ONU deve ser “mais inclusivo” e abranger os interesses de “toda comunidade global”. O líder do Kremlin ainda exortou todos os integrantes do conselho a se reunirem “o mais breve possível”.

‘Estamos abertos ao 5G desde que respeitem nossa soberania’, diz Bolsonaro

Em seu discurso nesta terça (22), o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, sinalizou potencial para investimentos internacionais, mas tergiversou sobre o 5G, tecnologia para dispositivos móveis.

A empresa Huawei, da China já foi rejeitada por países como EUA e Reino Unido, temerosos do compartilhamento de informações sensíveis de seus países com o governo chinês.

Bolsonaro afirmou que fará negócios “com parceiros que respeitem a soberania e prezem pela liberdade e proteção de dados“, cutucando os chineses.

O presidente brasileiro ainda afirmou que a mídia do país “politizou” o vírus e semeou o pânico na população. “Sob os lemas ‘fique em casa’ e ‘vamos lidar com a economia mais tarde’, eles quase trouxeram o caos social para o país”, pontuou.

A Assembleia Geral da ONU segue até o dia 1 de outubro e acontece 100% online.

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