Em meio a impasse pelas indenizações às vítimas norte-americanas de terrorismo, os negociadores dos Estados Unidos pressionam o Sudão para estabelecer relações diplomáticas com Israel, informou o jornal “Financial Times” nesta segunda (21).
Em troca, os EUA oferecem a retirada de Cartum da lista de países que patrocinam grupos terroristas. A reabilitação sudanesa é fundamental para recuperar os investimentos econômicos no país.
“Os americanos estão vinculando a remoção da lista à normalização com Israel”, disse um funcionário sudanês à Financial Times, que não quis ser identificado. “Já ficou claro para o Sudão que o caminho para Washington passa por nós”, afirmou um servidor de Israel.
No último dia 18 de agosto, o governo do Sudão demitiu um porta-voz que manifestou expectativa para a normalização nas relações entre o país e Israel. À época, o chanceler sudanês, Omar Qamar al-Din Ismail, afirmou que o servidor “não estava autorizado a falar pelo governo sobre essa questão”.
Na segunda (21), o chefe militar do governo de transição do Sudão, Abdel Fattah Burhan, viajou aos Emirados Árabes Unidos para tentar avançar nas negociações com uma equipe norte-americana.
A negociação faz parte de um pacote de acordos estimulado pelo presidente Donald Trump antes das eleições dos EUA, em novembro.
Desde o início de agosto, os Emirados Árabes Unidos e Bahrein estabeleceram relações diplomáticas com Tel Aviv. Agora, há chance de Omã e Marrocos seguirem o mesmo caminho. Os conflitos entre os Estado Judeu e a Palestina tornam a questão complexa.
Se Sudão deixar o rol dos países que patrocinam o terrorismo, os EUA se comprometem a auxiliar no pagamento da dívida externa sudanesa, que ultrapassa os US$ 60 bilhões.
“Remover o Sudão [da lista] cria um bom ambiente para investimentos”, disse o ministro interino das Finanças, Hiba Mohamed Ali, à agência estatal. O acesso a empréstimos multilaterais também está entre os objetivos, de acordo com o ministro.
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