No Paquistão desde segunda (28), o oficial afegão Abdullah Abdullah encerrou sua visita nesta quarta (30) com o comprometimento do presidente paquistanês, Arif Alvi, em apoiar um processo de paz mútuo entre os dois países.
No Twitter, Arif afirmou que a única solução para os conflitos no Afeganistão é através de um acordo político, e não com soluções militares.
A fronteira porosa entre Paquistão e Afeganistão é dominada por extremistas islâmicos, a maioria em atividades terroristas.
Na terça (29), Abdullah cumprimentou o premiê Imran Khan e o agradeceu por apoiar as tratativas de paz intra-afegãs.
De acordo com a mídia estatal, os dois líderes se comprometeram em buscar por um “dividendo de paz” para conter a violência e fomentar o crescimento econômico da região.
As relações entre os dois países se tornaram mais belicosas depois que o Afeganistão e aliados internacionais passaram a acusar o Paquistão de apoiar o Taleban. Em troca, o Paquistão conseguiria limitar a influência da Índia, sua rival, em terras afegãs.
Islamabad, por sua vez, afirma que Cabul permite que rebeldes anti-Paquistão planejem ataques contra o país em solo afegão. Os dois países negam as acusações.
Na semana passada, o representante dos Estados Unidos no Afeganistão, Zalmay Khalilzad, afirmou à Al-Jazeera que os EUA estudam um acordo entre Islamabad e Cabul. O objetivo é evitar que os dois territórios sejam utilizados como zona de ataque mútuo.
Enquanto isso, Cabul dedica-se ao seu acordo intra-afegão com o Taleban. Em meio às esperanças para um acordo que determine o cessar-fogo definitivo, ataques mútuos persistem no país.
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