O governo do Iêmen e o grupo houthi Ansar Allah assinaram um acordo neste domingo (27) para libertar 1.081 prisioneiros detidos desde o início da guerra civil no país, em 2015.
A expectativa é que este grupo seja apenas o primeiro a ser libertado. Na maior crise humanitária do mundo, o Iêmen possui mais de 15 mil prisioneiros de guerra dos dois lados. Ainda não há previsão para a saída.
No acordo, mediado pela ONU (Organização das Nações Unidas) na Suíça, os adversários se comprometem em cumprir o termo de liberação assinado na capital da Jordânia, Amã, em fevereiro.
À época, o governo ienemita e o grupo rebelde renovaram a sua adesão ao Acordo de Estocolmo. O termo estabelece o compromisso em libertar todos os prisioneiros, detidos, desaparecidos à força e aqueles em prisão domiciliar.
Ainda que a decisão reacenda as expectativas para um cessar-fogo no país, o acordo é apenas o primeiro passo. Por enquanto, ele está “restrito ao papel”, reiterou o diretor-geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha no Oriente Médio, Fabrizio Carboni.
“Só com a urgência das duas partes passaremos da assinatura no papel para a realidade concreta”, disse.
O conflito no país começou em 2014, quando o grupo rebelde, apoiado pelo Irã, tentou derrubar o então presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi. Apoiado pela Arábia Saudita, o governo do Iêmen não cede às ofensivas dos houthis.
Com a eclosão da guerra civil, em 2015, e em uma crise que só cresce, estima-se que 80% dos 30 milhões de habitantes do Iêmen dependam de alguma ajuda humanitária para viver.
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