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quarta-feira, 13 de outubro de 2021

União Europeia amplia sanções contra proliferação e uso de armas químicas

A União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira (11) a renovação por mais um ano de medidas restritivas contra a proliferação e o uso de armas químicas, conforme um comunicado emitido pelo bloco europeu em Bruxelas. As informações são da agência russa Tass.

“O Conselho decidiu prorrogar as medidas restritivas contra a proliferação e uso de armas químicas por mais um ano, até 16 de outubro de 2022. O atual regime de sanções foi introduzido pela primeira vez em 2018, visando a indivíduos e entidades diretamente responsáveis ​​pelo desenvolvimento e uso de armas químicas, bem como aquelas que fornecem suporte financeiro, técnico ou material”, afirma o documento.

A lista inclui cidadãos russos, em particular Alexander Petrov e Ruslan Boshirov, a quem os serviços secretos britânicos classificam como “agentes GRU”, em referência ao serviço de inteligência das Forças Armadas Russas. A dupla é acusada de matar o ex-espião Sergei Skripal em 2018, em Salisbury, na Inglaterra. Em setembro, um terceiro agente russo, Denis Sergeev, também foi formalmente acusado pelos envenenamentos. Eles negam as acusações.

União Europeia amplia sanções contra proliferação e uso de armas químicas
Os espiões russos acusados de tentar assassinar o agente duplo Sergei Skripal são flagrados na cidade britânica de Salisbury, 2018 (Foto: Reprodução/Caption/Daily Mail)

Segundo o Conselho, as medidas restritivas atingem atualmente 15 pessoas, ligadas a ataques na Síria e em Salisbury, além de duas entidades. As sanções também foram impostas ao Centro de Estudos e Pesquisas Científicas da Síria.

As medidas restritivas “consistem na proibição de viajar para a UE e no congelamento de bens para indivíduos, além do congelamento de bens para entidades. Além disso, as pessoas e entidades da UE estão proibidas de disponibilizar fundos aos listados”, explica o comunicado.

O regime de sanções é renovado anualmente desde 2018.

Por que isso importa?

O governo russo tem sofrido seguidas acusações de coordenar a morte de opositores com uso de armas químicas. Em outro caso semelhante ao de Skripal, o ex-espião russo Alexander Litvinenko morreu envenenado por polônio, um elemento radioativo altamente tóxico, em 2006.

novichok, por sua vez, foi usado contra o político da oposição Alexei Navalny, que foi preso pelo governo russo em janeiro deste ano, no exato momento em que retornava da Alemanha após cinco meses de recuperação médica em função do envenenamento.

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