O governo dos Estados Unidos informou na última sexta-feira (4), a identidade do líder da Al-Qaeda morto por um ataque aéreo empreendido por um drone norte-americano no dia 20 de setembro. Trata-se de Salim Abu-Ahmad, acusado de “planejar, financiar e aprovar ataques transregionais”, segundo o porta-voz do Comando Central Americano (Centcom), comandante John Rigsbee. As informações são do jornal francês Le Figaro.
O ataque aéreo ocorreu na província de Idlib, no noroeste da Síria. Além de Abu-Ahmad, agora identificado, também estava no veículo Abu Al-Bara al-Tunisi, que teria escapado de duas tentativas de assassinato anteriores.
Por que isso importa?
Idlib continua sob o controle dos rebeldes e tem forte presença de grupos extremistas, enquanto o governo promete retomar o controle da província. Já as ações militares diminuíram consideravelmente desde que foi negociado um cessar-fogo entre a Turquia, que apoio os rebeldes, e a Rússia, partidária do presidente Bashar Al-Assad.
A guerra civil, que já dura dez anos, deixou mais de 13 milhões de pessoas dependentes de ajuda humanitária segundo dados recentes da ONU (Organização das Nações Unidas). Somente na região noroeste há 4 milhões de pessoas nessa situação.
O conflito opôs Rússia e Irã, aliados ao governo de Al-Assad, à Turquia. Mais de 590 mil pessoas morreram durante a guerra, que varreu a nação e deslocou mais da metade da população, que era de 23 milhões de pessoas.
Desde 2011, a oposição e líderes ocidentais exigem a saída de Assad, a quem acusam de crimes contra a humanidade. Apoiadores de Assad, por outro lado, criticam o que consideram uma interferência de Washington com o intuito de derrubar o presidente.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.
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