O Serviço de Vida Selvagem do Quênia anunciou nesta terça (8) que 2020 terminou sem nenhum registro de caça a rinoceronte nos parques nacionais do país – um fato inédito em 21 anos.
Agora, o Serviço de Vida Selvagem queniano quer manter o combate à caça furtiva desses animais, ameaçados de extinção, através do aumento da vigilância em reservas ambientais, reportou a emissora VOA (Voice of Africa).
O primeiro passo é a realização do primeiro censo da vida selvagem do país – uma forma de quantificar e localizar a fauna em suas savanas. O levantamento iniciou nesta segunda-feira e segue até julho.
Os guardas florestais também devem receber alojamentos mais adequados e novos equipamentos, como uniformes e armas. “É uma nova estratégia que garantirá aos guardas responder a qualquer ameaça a qualquer momento”, disse Edwin Wanyonyi, diretor da agência.
O simples fato de os guardas florestais do Quênia receberem contêineres para morar enquanto cuidam das áreas protegidas deve facilitar o trabalho com as espécies de rinoceronte.
Até pouco tempo, esses profissionais moravam em tendas e não tinham acesso à água encanada, por exemplo. “Antes, acordávamos e precisávamos encontrar água”, relatou o guarda florestal Augustine Mutua. “Agora temos tanques”.
Os caçadores matavam rinocerontes por seus chifres, tidos como artigos de luxo e símbolos afrodisíacos. Traficantes chegam a vender o material por até US$ 60 mil o quilo em mercados asiáticos.
A procura fez com que a população de rinocerontes negros do Quênia caísse 97% entre as décadas de 1960 e 1990. Estima-se que à época existissem mais de 20 mil. Depois de serem reduzidos a poucas centenas, o Quênia conseguiu recuperar esses animais para até 1,2 mil – incluindo os dois únicos rinocerontes brancos ainda existentes no mundo.
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